
sábado, 25 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
Faz de conta
Faz de conta que foi assim. Faz de conta que foi desse jeito que você virou a mesa. Que resolveu não perder mais tempo, fazer o que gosta e ser do jeito que você, só você, acha que fica mais bonita. Faz de conta que você morreu. E que alguém lhe deu a oportunidade de voltar para um terceiro tempo. Então. Agora vai lá e faz tudo de verdade.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Na sua Estante - Pitty
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar, ao menos mande notícias
'Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar a minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar...
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
"Mal-me-quer, pensou com tristeza, vendo a última pétala. Depois lembrou que não tinha pensado em ninguém, e ficou ALEGRE outra vez."
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Fome !
Vai dizer que não adora essa vida. Ninguém no coração e eu aguento até três pedaços de pizza às duas da manhã. Como até a de chocolate com banana. É você também, não dá pra negar. Um pouco descompensada, mas é. Até tentei mas foi só olhar o cara dando som meio que trepando com o som. E tudo começou de novo. Agora é toda semana, toda hora. É isso mesmo? É. E quando acaba. Quando acabar a graça. Façamos um trato então, mocinha, a hora que acabar a graça, será simples como isso mesmo. Uma graça que acaba. Não pode ter nojo, não pode ter ressaca, vontade de morrer, medo de canais podres irrigando infertilidades absurdas pelas entranhas. Medo desse deus do amor dizendo que só mocinhas pra dentro podem ser amadas. O cruel deus do amor que fala de amor como um merecimento pra quem aguenta não sucumbir pelos buracos sendo que já nascemos furados. O deus falso como um sacerdote em busca de casas pra almoçar de graça e ouvidos pra fazer necessidades fisiológicas. Protetor de doenças e padroeiro de festas de gente que ri corada e faz listas de casamento. Diabo, entenda, estou pra fora num grau absurdo, vomitando minha virilidade, entende? Eu sou uma enorme almofada esfaqueada inundando o mundo com minhas espumas fáceis. Combinado? Porque, veja bem. Não é isso que me tira do rumo do amor, do caminho do amor. É só porque amor demora mesmo, pra acontecer de novo. Mas são tantas coisas lindas pelo caminho, não são? O mocinho trepando com o som é provavelmente o milésimo dos últimos mil anos que estão sendo esses dias. Ele não diz absolutamente nada do que eu quero ouvir, tem os olhos descolados de seu fundo, tem aquele riso de quem se lixa para as outras coisas todas que voam entre a nossa vontade de se devorar. Ainda assim, nesse segundo, nesse segundo que antecede meu pulo na jugular, a força da minha mão que espreme intenções até que só sobre o dia seguinte. São tantos charmes e ombros e cheiros e jeitos de fazer tudo. E estou feliz assim, sim, às vezes as olheiras me avisam que daqui a pouco vem alguém da auditoria, o homem de voz grossa que mora dentro da minha vozinha e que me avisa, de tempos em tempos, que é preciso parar de gastar alma por aí. Porque, mesmo que me pareça não ser muito uma coisa da alma, não se faz nada disso sem amar do avesso. O que dá sempre tudo na mesma e infinita merda que é: viver cansa mas depois que a gente caga dá fome de novo.
É só isso, me perdoa, daqui a pouco passa, mas é tão lindo ter fome de novo. Pensar em massas e pau de massa. Eu esfolando, alisando, esticando a fome. Fazendo nhoque de desejo. E passando o resto do pão no resto do molho. Quase comendo os cacos do prato como aperitivo. É assim que gosto também, também sou eu. Eu e minha sombra preta nova. Que deixa meus olhos como de uma águia faminta. Dando rasante sempre que aperta meu estômago, que a essas alturas, já mora no meu peito. Daqui a pouco o coração estraga tudo, troca de lugar com o cu, e eu vou novamente ter o apetite anoréxico de quem não suporta a vida. Eu vou novamente sentir a vertigem de estar tão viva que não cabe engolir terra pra parar em pé. Estar abaixo do amor é como ter a proteção da terra. Amar, que deveria aproximar de Deus, jamais dá essa sensação boa de ter um pai que cuida de tudo. Mas agora, agora, vivo do tamanho de quem se enche sem medo de acabar. De quem sente o gosto mesmo empanturrada. E descobre espacinhos dentro de si pra mais um pouco. De quem chupa anti-ácido mas não deixa de pedir cassoulet com rins de vitela macha. Minha imagem é de uma criança de bochecha gorda batendo com os talheres. Venham! Venham! Venham!
Tati Bernardi
terça-feira, 30 de novembro de 2010
É mostrar os dentes pra se defender mas acabar em sorriso.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Decifre-me, mas não conclua. Eu posso te surpreender.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Uma mistura de sentimentos dentro de mim neste momento, mas vou deixar sobressair somente os bons, somente os que trazem a felicidade.
Não sei se é porque ainda não caiu a ficha direito, ou sei lá.
Ando mantendo a mente ocupada, evitando um pouco de pensar no assunto, talvez seja isso, não sei, o fato é que eu estou bem, feliz, livre e leve.
Ainda penso muito em você, mas sei la, de um modo diferente.
Esse tempo ta me fazendo muito bem. Estou pensando mais claramente sobre certos assuntos, colocando a cabeça no lugar.
É, acho que no fim eu não te amava tanto assim. Pelo menos não como achei que amava. Acho que era mais que eu me acostumei com você, com a sua presença do que realmente gostava de você, sei lá.
O que quer que seja, passou, não sinto mais nada. Anestesiada, ou curada, ainda não sei, só espero permanecer assim.
Você disse que precisava de tempo. Você teve seu tempo. Agora, é minha vez.
Um band-aid no coração, um sorriso nos lábios -e tudo bem.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Vai lá
A bordinha do pão, até pouco menos de dois centímetros pra dentro, não esquenta e dá pra pegar da torradeira com a mão mesmo. Daqui a pouco começam os ônibus e britadeiras e infinitos passos. Sempre logo que eu acordo eu penso que nunca mais vou acordar. Nunca mais. Mas a bordinha do pão, os ônibus, as britadeiras, os passinhos. Isso é só o começo, daqui a pouco também tem os passarinhos. Tem também um lance do teto começar a pesar em mim, como se até o estado de não ter estado nenhum fosse insuportável. Estômago não é lugar de se guardar vida, meu estômago explica pra mim já doendo de uma dor sempre nova, como se todo dia eu tomasse um pouquinho de susto por nascer. Eu fico sem saber qual seria a outra saída então. Ou entrada. É tudo a mesma coisa e sempre. E lá vem a anorexia de guardar qualquer que seja a sensação, até a de não ser nenhuma. Pulo logo e me chacoalho, uma tentativa de esvair de mim esse sebo de coisas que me incomodam e grudam em mim e cada vez mais e vou me derrubando pelo dia pra poder, mais tarde, sossegar de novo.
Meu quadrado de ar e silêncio. Pra fora desse quadradinho ainda escuro tem tudo aquilo que já vi ontem e ontem e ontem e ontem e não cheguei a conclusão nenhuma. Eu não vou acordar nunca mais. Vou ficar aqui, onde a pressão não cai, os sinais de procura não gemem, as pessoas não me convidam pra falar em cidades longe daqui, gente não inventa de gostar ou não de mim. Deitada não tem intenção, queda, dor no pescoço, conta bancária, gente que me olha como se já tivesse comido meu cu bêbado numa festa e guardasse esse meu segredo. É contra esse tipo de olhar de corujas escrotas que eu nunca faria nenhuma das coisas acima. Mas por alguma razão, é justamente por levar esses olhares a sério demais que sinto que perco parte do que poderia ser uma história filmada por anjos metidos a documentaristas de meninas quaisquer. Ninguém tem segredo nenhum a respeito de mim mas eu tenho tantos que acabei com tendinite de tanto por pra fora. Meu calo de vômito é no punho. Vomitar pelos dedos. O único jeito de não ter tanta vergonha de ser como sou, ainda que me perguntem “você não tem vergonha de escrever essas coisas?”. Vergonha eu teria de andar de quatro cagada no meio da Paulista. Vergonha eu teria de ser contada por alguém que jamais me contaria tão bem e com tanta verdade. É isso ou isso.
Vai. A bordinha do pão pra pegar com os dedos sem queimar. Depois tomar chá gelado no gargalo da garrafa sem saber se está certo fazer ou dizer assim. Depois os e-mails todos. Vai lá. O jornal. Saber um pouco de política só pra não fazer feio em jantares e ir a jantares só pra não fazer feio com amigos e ter amigos só pra não fazer feio com a vida. Mas no fundo, uma vontade imensa de não fazer porra nenhuma dessas. Mas vai, dura tão pouco e quando acabar, não gosto nem de imaginar a saudade que vou ter de mim. Porque no fundo, no fundo, isso que pode soar como tristeza é só uma constatação corajosa de que dói sentir tudo e inclusive (ou principalmente) a nós mesmos.
Logo cedo, ainda que seja meu horário estranho, vem ainda mais seco e cortante.
Daqui a pouco, nem bem o sol foi da planta à direita do meu sofá para a planta à esquerda, já estou vivinha até demais. As maldades e ironias e desconfianças e ódios tomaram seu lugar. Chegou o sargento que mora na minha pele, analisando com cara de cabeleireiro gay da Oscar Freire qualquer ser ou alimento que me seja oferecido. Comer é o símbolo de qualquer coisa que queira entrar dentro de mim e tenho horror a todas mas a maior ironia da vida é que morremos se não nos cedemos à boca aberta. Pra proteger o que somos precisamos não proteger o que somos. Agora diz se não tem alguém rindo da nossa cara? Mãe, traz uma sonda e enfia na minha jugular, não quero mais que esses dias sejam culpa minha.
O Sol já está quase na minha porta. Já endureci o suficiente pra dizer que tenho horror aos escravos de palavras bonitas e ideias chatas. Aquele povo que não sabe o que falar do próprio nariz e diz apenas algo cabeçudo tipo “ele é adunco”. Tá, já sei que você decorou o dicionário, agora me explica o que você acha da porra do seu nariz?
Já estou armada dos pés à cabeça e já posso sair às ruas com minha metralhadora e feiúra. Me arrumar bonita ou com pouca roupa também acontece, mas só eu sei depois a bronca que levo. Ser feia e enjaulada nos meus ferros me possibilita não ganhar nada com isso, até porque o que se ganha é pura tiração de onda com a nossa cara. Ah, a vida sorriu pra você? Ele te ama? Espere um pouquinho, querida. Tão te enganando. Até estar aqui, até ser você, tudo uma ilusão. Até desistir. Tudo ilusão. Os anjos documentaristas escreveram isso no seu roteiro mas daqui a pouco vem a merda toda porque filme sem dar tudo errado nem a Disney faz. Nem a Globo. Ainda que eles enganem a gente no final. Agora vai saber, se no nosso final, não acaba alguma coisa mesmo dando certo, tipo brinde do cosmos. Mas daí é o fim e você já está tão cansado que só uma cama já pode ser um final feliz. A morte é o final feliz.
Só dançar é de verdade, nem sei direito, mas sinto assim. Então me escondo em algum momento do dia e danço um pouco. Pra falar a verdade eu danço muito. Daí já é quase fim de tarde. Falta pouco. Eu nunca sei exatamente para o quê, mas me acalmo com a sensação. As sensações sempre sabem mais do que a gente pode saber. Talvez por isso elas sejam terríveis. Talvez por isso doam tanto meu estômago que se renega a acolher o impossível de digerir e classificar. Talvez por isso eu escreva. Talvez por isso eu não vá acordar nunca mais. Nunca mais. Até que eu descubro, quando o teto pesa e tudo aquilo, que o hoje só passa porque acordamos e assim se vai. Amanhã, amanhã. Pão e tudo. E passinhos e ônibus e passarinhos. Armaduras e belezas. E pensar que se você lê, meu amor, eu escrevo. E se você lê, meu amor, eu como. E se você lê, meu amor, eu continuo viva. É triste, mas se a gente pensar com carinho, é bem bonito.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Vai passar, você sabe que vai passar...
Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos transloucados. Alguns, sim -nós não. Contidamente, continuamos. E substituímos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse é o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
Claro que no começo você não terá sono ou dormirá de mais. Fumará muito, também, e talvez até mesmo se permita tomar uns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando a sua volta a paisagem de todo dia, se sentirá atravessada não sabe se na garganta ou no peito ou na mente -e não importa- essa coisa que você chamará com cuidado, de "uma ausência". E terá momentos em que esses ossos duros se transformarão em uma espécie de coroa de arame farpado sobre sua cabeça, em garras, ratoeiras e tenazes no seu coração. Passará o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante pra fazer. E andará divagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora lembranças e cansaço.
domingo, 21 de novembro de 2010
Primeiro dia sem você
Coloco uma roupa estranha, meu relógio do "Ben 10" como você diz, meu tênis que não me deixa nada feminina, pinto os olhos de escuro e passo meu baton vermelho. Claro que não é pra te provocar, mas é para impor ao mundo que eu voltei, estou única e exclusiva novamente. Eu e o meu mundo. Eu e minha solidão sem preconceitos e sem lições de moral, minha melhor amiga, a solidão, nunca vai me achar estranha justamente porque é filha predileta da minha estranheza. Adoro não precisar parecer uma moça com dono.
Passo o dia escutando minhas músicas. Meu Blink 182, meu Linkin Park, meu Pink Floyd e ninguém para falar nada.
Se eu quiser, hoje, saio com meus amigos pra beber, pra fazer o que quiser, ir onde eu quiser sem ter que dar satisfação.
O mundo é enorme sem você, sem suas frescuras e enjoamento, seu mal humor e sua mania de achar que tudo está contra você. O mundo é enorme sem toda a culpa que eu carrego por ser leve e sem preconceitos que curte ver o desenho da Lua e que tem medo do amor, mas não medo o medo e o cansaço que viver causa.
E sei que eu sou pesada, chata, dramática, neurótica, louca, insatisfeita, impulsiva, carente. Mas você se esqueceu da minha maior qualidade: eu sou só.
Não tenho medo da solidão, até gosto dela. Não preciso de ninguém me dizendo o que fazer ou quando fazer.
Eu era só quando eu queria viver tanto que tinha medo de não conseguir, como tudo que sempre quero muito, e acabo fodendo logo pra não ter que viver com a ansiedade do desejo maior do que eu. Eu quase morri de tanto que eu queria viver. E eu tô quase acabando com o seu amor por mim, de tanto que eu quero que você me ame. Percebe? Louca. Louca e só, porque ninguém vai aguentar isso.
Eu sempre estou só quando sou tomada por um susto longo e paralisador, que dá vontade em me concentrar apenas em mim, e não ver nada e nem ninguém, por isso quis chorar só e escondida atrás da porta, como um rato que todo mundo tem nojo, que causa doenças, que tem um longo rabo deixando tudo entreaberto para atrás, mas que no fundo só quer um pouco de queijo, como qualquer criança bonitinha. Carregar nossa alma, com tudo que ela tem de bom, de mal e de incompreensível, é uma tarefa solitária.
O mundo é cheio de opções sem você, mas todas elas me cheiram azedas e murchas demais.
Eu continuo só quando quero escrever uma vida com você, mas você detesta meus caminhos.E eu detesto sua ausência. Eu detesto seu riso alto e forçado pisoteando o meu mundo de sombras, eu detesto você saindo pela porta e as paredes se fechando, se fechando, e eu sem poder berrar para, pelo amor de Deus, você me resgatar, e me colocar no colo, e me dizer que você me entende e sofre também.
Eu sou só porque enquanto eu pensava e tudo isso, você impunha aos quatro ventos, querendo parecer muito forte e macho para seu grupinho muito forte e macho, que você poderia simplesmente abaixar meu som ou mudar de canal, como um programa chato qualquer que passa na sua TV.
Eu hoje fui no banheiro umas duzentas vezes para ficar longe do meu celular e do meu e-mail, ficar longe de todas as possibilidades da sua existência. Me olhei no espelho bem profundamente para enxergar minhas raízes e ganhar força, chorei algumas vezes, fiquei sentada no chão do meu quarto, para ver se meu corpo esquentava um pouco ou porque estava mesmo me sentindo um lixo. O ventilador hoje está insuportável, mas eu não acho que mude alguma coisa desligá-lo.
Estar sozinha não muda nada, começo bem esse estado e, de verdade, sei lidar até melhor com ele. O que me entristece, é ter visto em você o fim de uma história contada sempre com a mesma intensidade individual.
Eu tinha visto na sua solidão uma excelente amiga para a minha solidão. Achei que elas pudessem sofrer juntas, enquanto a gente se divertia.
Para ler ouvindo: Down -Blink 182
Tidal waves they rip right through me
Tears from eyes worn cold and sad
Pick me up now, I need you so bad
sábado, 20 de novembro de 2010
Dá um tempo
Essa história de dar um tempo não existe.
"Olha, to com uns problemas ai, preciso de um tempo, mas não tem nada haver com você. Eu gosto de você. Relaxa!" É claro que tem haver! Se não tivesse haver, você resolveria os problemas com a pessoa do seu lado, te dando apoio. Quando gostamos de alguém queremos ela do seu lado não importa como. Nos momentos ruins ou bons. Alegrias ou tristezas. Você apoia, fica junto. Puxa a orelha, mas tá junto.
Dá um tempo é fazer hora com a cara do ouro, tipo "Vamo dá um tempo. Vo da umas voltas, ficar com algumas pessoas diferentes. Segui minha vida, mas você fica ai. Me esperando que talvez um dia eu volto. Mas me espera."
Tô de saco cheio com essa história de dar um tempo. Eu não quero dar um tempo, porra! Eu quero tá com você, e eu sei que a gente vai conseguir passar por isso juntos.
Eu vo ter mais paciência, vo exigir menos, eu te ajudo com o que você precisar, é só você me pedir que eu faço. Mas se você quer o seu tempo, então tá. Fica com ele. Mas só vê se não demora muito a voltar, porque talvez eu acha algo mais interessante enquanto espero e não te queira de volta.
Quer saber, vamo dá um tempo.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Não estou desesperada, não mais que sempre estive, não estou bêbada nem louca, estou lúcida pra caralho...
"Pedi uma definição ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas que me diga logo pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranqüilidade possível que estou só do que ficar a mercê de visitas adiadas, encontros transferidos. No plano real: que história é essa? No que depende de mim, estou disposto e aberto. Perguntei a ele como se sentia. Que me dissesse. Que eu tomaria o silêncio como um não e ficaria também em silêncio. Acho que fiz bem."
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Je t' ♥
Eu sei que a culpa foi minha. Eu briguei, eu não tive paciência, eu cobrei de mais, fui insegura, eu falei de mais. Mas você sabe como eu sou, faço as coisas e depois penso. E se eu fiz isso foi porque eu te amo e não quero te perder.
Eu te amo tanto, que dói, dói tanto que acaba não doendo mais, como toda dor que de tão grande acaba produzindo anestesia própria.
Você é o meu melhor, o que eu mais preciso, o que eu me apoio, o que eu olho e me encontro, meu espelho, me enxergo em você. Você ainda não me ensinou tudo o que tem pra mim ensinar. Eu quero ser sua, não quero te tirar de mim, não quero ter que conversar as coisas, os meus medos, os meus problemas, as minhas alegrias, com alguém que não seja você.
Eu quero minha metade, e quero ser sua metade, seu complemento, sua paz, porque é isso que você é pra mim. Meu porto seguro, meu descanso, minha droga, me vicio, que me tira do mundo, que me faz esquecer as dificuldades. Você não existe.
Quero você como antes. Lindo, com sua cara de desleixado, mas com um perfume de quem acabou de sair do banho que só você consegue ter.
E agora eu sei que é a parte que você treme um pouco os dedos pra desabutuar meu sutiã. Agora eu sei que é a parte que a gente se beija com tanto ódio do resto do mundo e com uma cumplicidade bonita de não estar tentando nada. Não estamos tentando absolutamente nada. E é por isso mesmo, bem devagar. Agora eu sei que é a parte que você se desnuda como uma "striper", tão rápido e simples. E eu dou um pouco mais de trabalho. Mas não falamos disso e nem de nada.
A gente se entende melhor do que ninguém. A gente briga por coisas fúteis, faz pirraça, mas no fundo não da pra negar que fomos feitos um para o outro.
Somos felizes, somos assim e sempre seremos,. Não importa o que aconteça vai ser você. Talvez não pra sempre, mas o tempo necessário para sermos felizes.
Só queria te dizer que você é especial e essencial, e a melhor forma de falar isso é em três palavras: EU TE AMO!
Para ler ouvindo: Wish You Were Here -Pink Floyd
How I wish, how i wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here
domingo, 14 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Aos poucos a gente vai mudando o foco. E nem pensa. Vai indo junto com as coisas...
Pequenas coisas me chama a atenção.
Aquelas que passam despercebidas, sem qualquer pretenção de serem vistas.
E outra coisa -não se esforce. Pelo menos, não tanto. Não fique ai remando contra a maré, dando murro em ponta de faca. Veja -se não for pra ser, não vai ser. Acredite em mim. Coisa boba essa sua tentativa de ir além. e olhe, eu não estou pedindo pra você desistir não, não é isso. Eu só quero que você pense mais... que tenha argumentos melhores.
Vou sair para ver o mar e me perder entre os labirintos(...) Vou te procurar entre as estrelas e os satélites distraídos...

Noah: Você poderia apenas ficar comigo?
Allie: Ficar com você? Pra quê? Olhe para nós, já estamos brigando !
Noah: Mas isso é o qu nós fazemos ! Nós brigamos ! Você diz que eu estou sendo um arrogante filho da puta, e eu te digo que você está sendo um pé no saco... o que você é, 99% do tempo. Eu não tenho medo de ferrir seus sentimentos, porque depois de dois segundos, você voltarar a ser um pé no saco.
Allie: Então o que?
Noah: Então não será fácil, será muito dificil. E nós teremos que trabalhar nisso todos os dias, mas eu quero isso, porque eu quero você. Eu quero você pra sempre. Você e eu, todos os dias.
Só preciso disso...
Só preciso da sua boca e dos seus beijos
Dos seus olhos e do modo como você me olha
De como você me abraça e me faz sentir como se nada mais no mundo importasse.
Só precisso te sentir aqui, bem perto de mim
Só preciso de você!
::.
Um peoma completamente aleatório que na minha cabeça parecia mais legal, só que não consegui fazer continuar assim quando passei pra cá. =P
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
A vida não é um conto de fadas e finais felizes são poucos e raros.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Amor à Segunda Vista
Porque você não é perfeito, mas o homem idealizado não tem a sua cara de sono e nem o seu olho que eu amo tanto.
O mala do cara dos meus sonhos não tem o desenho da sua boca: com mais tinta do que contorno e com um maldito cravinho no lado direito do lábio superior.
O homem perfeito é um puta de um chato com seus CDs cults. E você com as músicas do Metállica.
Você é divertido, e a gente briga e depois faz as pazes do nosso jeito. E nós transamos do nosso jeito.
Porque o homem perfeito é cheio de estripulias sexuais, mas eu detesto estripulias e adoro o nosso jeito intenso de se amar cheio de inconformismos com a intensidade.
Eu sonhei com esse cara, que me levaria a restaurantes caros e olharia para mim a noite toda achando que maior diversão no mundo não poderia haver.
Mas você com essa mania de encher a casa de amigos e bagunça, me faz te odiar tanto e querer tanto a sua atenção. E me faz querer tanto você daqui a pouco, porque você não enjoa. Você me cansa demais, mas não enjoa. E quando você me cansa eu enfio minha cabeça no seu peito, e peço para que eu nunca desista de te odiar tanto assim, porque não pode existir ódio mais cheio de borboletas, notas musicais e passarinhos azuis.
Eu quero sim te matar porque você tem uma mania surda de responder todas as minhas perguntas com um "que?" enjoado, e eu quero te socar porque você já descobriu tudo o que me irrita e gosta de me ver assim. Mas quando qualquer outra coisa no mundo me irrita, eu lembro que eu tenho você pra me fazer sentir essa raiva nossa de sitcom inteligente.
Nós não somos um casal melado, mas a gente se curte do nosso jeito, e ninguem duvida do nosso amor.
E o homem perfeito teria a maior paciência do mundo em me curar dessa loucura, e você tema maior paciência do mundo em aumentar a minha loucura. Mas eu gosto da minha loucura.
O homem perfeito não é um boa vida não, mas certamente eu o trairia com você.
E sua cara de sonso despretensioso para a vida, a sua irritabilidade e o meu jeito de "não é comigo" combina muito bem com o seu jeito que acredita que tudo é com você.
A nossa dança num baile de máscaras é eterna, porque quando eu peso a mão, você me faz voar. E quando você perde o chão, eu te dou um soco na cabeça pra ver se achato a sua alegria pra caber na minha.
E você cabe de sobra na minha intensidade, e o que acaba com a minha neurose fria é o quentinho da sua cama.
E o homem perfeito tem um beijo profundo e ritmado, que de tão melado é encaixável e me deixa saciada de um jeito que encerra o meu desejo. E você tem um jeito intenso e brincalhão de me beijar. E eu nunca me dou por satisfeita, o que me causa uma ansiedade de paixão inicial que não deixa o peito relaxar.
E o homem das minha ilusões me deixaria relaxar numa enorme cama amorosa, e acordaria inúmeras vezes pra me ver dormir abraçada a toda a certeza que ele me daria com apenas um segundo de olhar.
É cansativo viver sem vírgulas porque eu respiro a sua existência 24 horas por dia, e só coloco vírgulas teatrais para você não enjoar de mim.
Te amar não é fácil, é quase o anti-amor. É muito quase como se você nem existisse, porque só o homem perfeito merecia tanto sentimento. E eu te anulo o tempo inteiro dizendo para mim, repetindo para mim, o quanto você falha, o quanto você fraqueja, o quanto você se engana. E fazendo isso, eu só consigo te amar mais ainda. Porque você enterrou o meu sonho aprisionado pela perfeição e me libertou para vivê-lo.
E a gente vai por ai, se completando assim meio torto mesmo. E Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
O amor é outra coisa

O amor não é algo que te faz sair do chão e te transporta para lugares que você nunca viu antes! O nome disso é avião. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que faça você perder a respiração e a fala. O nome disso é bronquite asmática. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que chega derepente e transforma você em refém. o nome disso é sequestro. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que voa alto no céu e deixa sua marca por onde passa. isso se chama serviço de pombo. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que você pod prender ou botar pra fora de casa quando bem entender. Isso se chama cachorro. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que lança uma luz sobre você e te leva pra ver estrelas, depois traz você de volta com algo dele dentro de você. Isso se chama extra terrestre. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que desapareceu e que, se encontrado, poderia mudar o que está diante de você! Isso se chama controle remoto de TV. O amor é outra coisa. Sabe o que é o amor? O amor é simplesmente... amor!
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Se a gente realmente quiser, a gente consegue
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só tem sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta. A gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto... Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.John Lennon
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
O que é o amor?

Então Charlie Brown, o que é amor pra você?
-Em 1987 meu pai tinha um carro azul
-Mas o que isso tem a ver com amor?
-Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir… acho que isso é amor.
domingo, 22 de agosto de 2010
Parada
Eu olho sempre pro relógio gigante que fica bem no centro do meu quarto. E sei que todo dia ele passa, sempre às cinco da tarde. O trem pra sempre. eu corro junto, ao lado, por um tempo, mas canso já morrendo de rir. E fico feliz que não foi dessa vez. E fico triste de ter chegado perto. Já senti como é o cheiro de dentro. Já experimentei sentar na janelinha com ele parado. Já me imaginei embaixo, esmagada. Em cima, surfando antes de pegar fogo. Sei todos os ângulos de ir, mas vivo no lugar de quem fica.
Estou na estação há tanto tempo. E sempre tem gente chegando e indo. E sempre tem amor e bala e dinheiro e cama e água e fins de tarde bonitos e brinquedos e catracas com a segurança de uma novidade de sempre. Em alguns momentos fica o equilíbrio terrível de nunca ir. Fica a dor de todo mundo que foi. Fica a ansiedade terrível de todo mundo que tem pra chegar. Agora. Agora. A cada volta de uma piscada eu tenho minha esperança renovada. Mas nenhum desses silêncios chega perto do som que é viver ouvindo o mundo se locomovendo enquanto só tento enxergar de olhos bem abertos sem me mexer. Estar no centro do barulho nunca foi realmente uma solidão. A troca é tão bonita porque sorrio achando todos tão corajosos com seus ternos e pastas e pressas e chegadas e "que mais". E eles sorriem de volta, me achando corajosa também em ficar. E só olhar. E poder amar esse trecho de vida deles ainda mais do que eles próprios que nem se percebam em trechos.
Eu vivo na estação porque peguei carinho pelas placas e sujeiras e as faxineiras cedinho tirando os estragos do mundo na minha casa de passagem. Acho tão bonita a sensação de estar no único lugar onde se pode estar com todos e esperar por mais um trecho de todos. Sei que não escolho nada, não sigo com ninguém, não conheço outras idades e lugares e gastrites e ventos.
Eu sou uma estação, é isso. Assim não dói além porque eu sei, desde o começo, que sou passagem. Então, vão, mas logo apita de novo. E é sempre movimentado, mesmo quando apagam as luzes e a vida dos outros descansa da minha parada. Existe o movimento que fica atrasado no ar e durmo embalada por tanta coisa que quase parece coragem.
Até que hoje, não sei se porque enjoei dessa casa da infância, não sei se porque às vezes o amor é mesmo mais forte que mil anos de segurança. Eu pisei tremendo na escada e o homem da catraca era tão diferente de todo mundo e, pela primeira vez, as placas e mulheres do caixa e bilhetes e pessoas e brinquedos coloridos e apitos e fins de tarde e moças da limpeza. Ninguém tentou me agarrar porque era como se o mundo dissesse "acho que são cinco da tarde e uma hora você precisa ser mulher". E eu pedi socorro. Eu não sei sair daqui mas quero ir com você. Eu tenho cinco anos de idade mas quero ir com você. tudo me dói tanto e eu tenho tanto medo mas tudo bem, vamos lá. Na próxima parada só me lembra que é bom eu fazer xixi e comer alguma coisa porque tô te achando tão bonito que talvez eu esqueça.
Tati Bernardi
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
O último texto
Bom, pra começar, eu não gosto mais de você. E dessa vez é sério. Eu não sinto mais aquela urgência que eu sentia de sempre estar com você, ou aquele frio na barriga que sentia quando conversava com você ou te via, e é bom perceber isso.
Quando nos conhecemos eu não imaginei que em tão pouco tempo você se tornaria tão importante para mim. No inicio eu não te levei tão a sério, eu não planejei me apaixonar por você, mas tudo acontece por algum motivo, certo? Eu gostava de você, porque você era diferente dos outros, você me fazia rir, me fazia feliz, me fazia bem... Eu nunca tinha sentido algo assim. Você me fez viver os meus melhores e meus piores momentos. E se eu tenho certeza de alguma coisa, é que jamais te esquecerei... Você fez parte da minha vida e marcou ela de um jeito que ninguém mais vai marcar e eu não posso simplesmente esquecer isso.
Queria que você soubesse que eu conheci alguém. Nós estamos nos dando bem, o que é muito bom. Nós nos divertimos juntos e rola uma coisa legal entre a gente. Não sei se vai durar, mas estar com ele ta me fazendo bem apesar de eu não estar apaixonada. pra falar a verdade eu não estou afim de me apaixonar, então do jeito que ta, pra mim ta ótimo. Você sabe como eu tenho pavor de me apaixonar né?! hahaha
Enfim, eu apenas quero que você sabe que eu sempre estarei aqui. Se você precisar de alguém pra conversar ou pra não conversar, conte comigo pra qualquer um dos dois, porque eu te amo seu enorme teimoso pé no saco. Não da mesma forma que antes, mas ainda sim te amo.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
O tempo passou
Ele quem mesmo?
(Tati Bernardi)
É triste saber que um dia
domingo, 1 de agosto de 2010
Gosto de perceber que as dores são cada vez mais rapidamenta superadas

"Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito ate o fim."
Caio Fernando Abreu
terça-feira, 20 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Postando loucamente + Estou enlouquecendo

Eu andei postando muito esse mês, e o pior é que postei umas coisas meias idiotas =P
Tenho falado muito e dado muita importância a certos sentimentos.
Já se sentiram assim, meio tipo LOST, sem saber muito o que fazer, com a cabeça no mundo da lua, sem saber como vai ser daqui pra frente, qual decisão tomar, então...
Quanto ao fato de estar enlouquecendo isso ai é fato, minha cabeça fica revirando o mesmo assunto, criando cenas e é impossível evitar. Ainda mais agora que estou de ferias e tenho mais tempo para pensar (coisa que se eu não tivesse de ferias eu ia parar de pensar), passo a maior parte do meu dia pensando sobre essas coisas.
Estou bem melhor do que quando escrevi o ultimo post e acredito que agora estou esquecendo ele outra vez, vamos ver ate quando vai durar dessa vez.
Eu sai ontem, me diverti muito, brinquei, sorri... As borboletas foram embora, as provas me perseguem, os laços parecem finos e grossos e finos de novo, os anticorpos fugiram, o espelho parece rir, a boa e velha insegurança não sai dali...Tudo ao mesmo tempo, como se quisessem me matar. Talvez consigam, afinal.
sábado, 17 de julho de 2010
O único lugar pra sempre
Acho que ir lá sem você foi pior do que te ver, porque te vendo, pelo menos eu sei que você, de uma certa forma, está lá comigo, agora voltando lá pela primeira vez sem você foi como se estivesse faltando alguma coisa, uma coisa essencial.
Foi lá que nós dois passávamos tardes juntos, foi lá que nós ficamos pela primeira vez e pra onde quer que eu olhasse, via lembranças de quando estávamos juntos...
Eu fui lá sem você, sem estar com você e isso foi diferente, triste, insuportável, mas possível. Como os mortos que ficam em qualquer lugar, até mesmo em baixo da terra, eu fiquei lá sem você. Morto não deseja e por isso mesmo permanece.
Acho que seu desejo morreu e talvez o meu também, já que boa parte desse amor enorme que eu sentia e sinto por você, vinha e vem da minha alegria desmesurada em me sentir amada pelos meus próprios sonhos.
Você fazia eu gostar de mim mesma porque você gostava de mim e era uma loucura tudo. Como eu sentia, como eu queria me vomitar e ensanguentar e explodir e rodopiar em mim ate furar o chão como uma broca desgovernada e depois sair derrubando o mundo como o único pião que sabe a verdade e precisa chacoalhar seu entorno pra não enlouquecer sozinho. Era uma loucura tudo. Mas a morte, o nosso fim... Isso me permitiu estar de alguma forma sem querer habitar cada instante do estar no nosso lugar sem você e para isso me retirando o tempo todo. E isso pode ser viver mas viver é terrível. E antes, quando eu não sabia viver e me sentia amada, era ainda mais terrível. Daí que sobra essa sensação de uma solidão filha da puta mil vezes em nada dá pra ser com você. E tudo bem, não é você, nunca foi, mas escuta a maluquice: é que nada disso impede que eu sinta um amor absurdo por você.
Eu me peguei uma hora pensando em nós dois, lembrando de você e de tudo que nós passamos. Você acabou se tornando uma concha, dessas que é mentira a pérola e o som do mar, mas eu os vejo, o tempo todo. Você com esse seu jeito meio louco. Você é tão errado, cheio de estragos e irritante. E me peguei amando tanto, tanto, tanto. Como se nada mais no mundo fosse tão bonito ou correto ou mesmo perfeito porque perfeito é o que não tem mesmo cabimento. O resto nem existe porque vemos ou explicamos.
Lembro de nós dois sentados olhando a cidade tão longe e ao mesmo tempo tão perto da gente e você me abraçando, um abraço que disparava corações em mim como se eu tivesse um em cada nó de veia.
Toda a realidade da vida real, que daqui a pouco quando a sensação desgraçada de absurdo e solidão passar, tudo volta, esquecer você todo dia um pouco pra vida e todo dia muito pro dia.
Mas agora, hoje, guarda isso, eu amo demais você. Por que eu to escrevendo isso? Porque é a minha vingança contra todas as palavras e sensações que morreram todos os dias mostrando pra gente que nada vale nada. Toma esse texto, o único lugar seguro e eterno pra gente.
Sei que eu falei, falei, falei, e no fim acabei não falando nada, mas enfim...
Sei que é patético falar que sente falta de algo que nunca foi seu, mas eu sinto sua falta. Sinceramente eu só queria você aqui, bem perto de mim...
"... Amar dói tanto que você fica humilde e olha de verdade para o mundo, mas ao mesmo tempo fica gigante e sente a dor da humanidade inteira. Amar dói tanto que não dói mais, como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria..." Tati Bernardi
O que realmente importa é ser feliz !
Ando meia estável esses dias. Meu humor anda mudando com uma rapidez incrível. Ao mesmo tempo em que estou triste estou feliz. Ao mesmo tempo que amo, já esqueci. Ando tentado fingir que não ligo para muitas coisas, mas eu sempre acabo dando importância demais.
Hoje eu me deparei com a seguinte frase: "O que importa afinal? Viver ou saber que esta vivendo?" E como um passe de mágica milhões de pensamentos invadiram minha cabeça.
O que ME importa? O que TE importa?
Na verdade eu estou um pouco cansada dessa monotonia de estar sempre buscando por algo que a há muito já não possuía e decidi radicalizar. Sim, ra-di-ca-li-zar!
Parafraseando novamente: "Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo que acontece contribui para o meu crescimento, quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo o que não fosse saudável, pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me puxasse para baixo, de inicio minha razão chamou essa atitude de egoísmo, hoje sei que se chama -Amor próprio. " (Charles Chaplin).
É verdade que nas palavras tudo é bem mais bonito e fácil do que na vida real, mas porque não tentar? Por que não ´nascer´novamente?
Eu andei tanto tempo buscando a felicidades nos outros que acabei esquecendo que só eu sou responsavel pela minha felicidade.
Nunca é tarde para tentar ser feliz, entao... tente. =] Olhar diferente, pensar positivamente e se nada der certo, tente outra vez ! Eu estou fazendo a minha parte, e voce?
sexta-feira, 16 de julho de 2010
O não texto
Eu também não estou escrevendo pela trigésima vez sobre gostar de alguém. E tentando entender todos os 567 contras e 876 a favor. E tentando metaforizar um cheiro, um olhar, uma frase. E tentando descrever minha dor só para dar a ela algum patamar mais interessante do que a simplicidade de uma simples dor. E tentando supervalorizar minha alegria, só para dar a ela um gosto de vitória como se jamais fosse cotidiano ser feliz.
Eu não estou de frente para uma folha em branco. Tentando tornar meus personagens mais interessante e meus sentimentos mais nobres. Eu estou de frente para eles, vendo que meu personagem pode ser sem graça e meu sentimento pode estar morrendo.
Este é um não texto porque cansei da minha covardia em me contar um mundo que eu invento para viver melhor. Cansei de me contar um personagem só para que suspirar não seja um simples movimento involuntário. Cansei de me contar uma história linda, só para que os dias não corram sem magia e sem a certeza de um grande final de filme.
Imagina só que vida chata se eu, ao invés de escrever um texto de amor, cheio de esperança, profundidade, dor, maluquice, tesão, estivesse escrevendo um texto assim: e ninguém é interessante e eu, pra ser sincera, não gosto de ninguém.
Triste, muito triste. Chato. E pior do que tudo isso: anti-literário. Como é que um escritor vai se sustentar com um coração vazio?
Mas chega. Hoje decidi que estou prestes a assumir meu coração vazio. Não decidi isso movida por uma grande coragem ou por um momento de iluminação. Nada grandioso aconteceu. Apenas sinto que dei um pequeno, quase imperceptível, passo para uma vida mais madura. Eu simplesmente não suporto mais pintar o céu de cor-de-rosa para achar que vale a pena sair da cama.
Não posso mais emprestar mistério ao vazio, vida ao oco, esperança ao defunto, saliva ao seco. Não posso mais emprestar meus desejos para que pessoas se tornem desejáveis. E, finalmente, não posso mais inventar amor só para poder falar dele.
Recebo e-mails de muita gente que me fala “que coragem escrever assim sobre o amor”, “que coragem ir tão fundo na sua dor”, “que coragem sentir tantas coisas a flor da pele”. Mas pelo menos hoje quero me desafiar a fazer algo muito mais difícil. Quero não sentir nada. Quero descansar meu coração de saco cheio das minhas invenções e precisando se preparar para viver algo de verdade.
Como será que é acordar e não esperar nada com o toque do celular, da campainha, do messenger, do e-mail, do ar, do chão? Como será que é sentir e gostar da vida pela sua calmaria e banalidade? Como será que é viver a banalidade sem achar que isso é banal?
Este é um não texto. Pra falar de um não amor. Pra falar de um não homem. Pra falar de uma não fantasia, invenção, personagem. Esse é um texto a favor da vida, pra falar da vida. A vida com seus defeitos, cinzas, brancos, estagnações, paradas, frios, silêncios, amenidades. A vida que pode não acelerar o peito e deixar tudo com estrelinhas de purpurina. Mas que é incrível por ser real.
A vida que não se escreve mas se vive, mesmo que isso, muitas vezes, seja ainda mais difícil que qualquer regra gramatical ou construção literária.
Tati Bernardi
quarta-feira, 14 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Seria fácil...
Seria fácil, se tudo que quiséssemos acontecesse de uma hora para outra, ter respostas para todas nossas perguntas e dúvidas, saber o verdadeiro significado do amor e porque o céu é azul, largar um grande vício em menos de cinco minutos, apostar na mega-sena toda semana e ganhar toda semana também, sair correndo por aí e pular de um grande penhasco sem nos machucarmos ou até mesmo sair vivo dali, ganhar dinheiro sem precisar fazer esforço algum; se preocupando em estudar para ser alguém na vida ou ter um ótimo emprego, fazer o que te der na telha, seja o que for certo ou errado e no final nas contas não se arrepender de nada ou vir as consequências em suas costas, mandar no próprio coração fazendo ele apaixonar-se e desapaixonar-se conforme nossa vontade, entender porque a Terra é redonda entre bilhões de outras coisas. Pois é, seria bem mais fácil
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Lembre-se:
2 · qualquer coisa que aconteça era a única coisa que poderia ter acontecido.
3 · qualquer hora que comece é a hora certa.
4 · se acabou; acabou.
domingo, 11 de julho de 2010
Há um certo momento que toda sua vida sai de seu curso
Pra aquele que é inesquecivel

"O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim. Meu amor está cansado, surrado, ele quer me deixar para renascer depois, lindo e puro, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto."Tati Bernardi
The Scientist - Coldplay
Aah oooh ooh ooh ooh ooh (x4)
sexta-feira, 9 de julho de 2010

Não sei o que esta acontecendo comigo hoje. Parece que ta tudo errado. Parece que nada esta do jeito como deveria...
Eu apenas queria que tudo voltasse a ser como era antes.. mas não sei se isso é possível.
Queria poder chorar para aliviar o que esta dentro de mim, mas as malditas lágrimas ensintem em nao sair, o que pra mim, sempre tao chorona, é assustador.
E a pior parte é que....
Enfim, eu sou um idiota -fato.
domingo, 4 de julho de 2010
"Derrubei todas as minhas paredes pra dar lugar a mais janelas" Fernanda Gaona

“Hoje de manhã eu acordei e fiquei olhando para tudo catatônica, um misto de susto com deslumbramento. Me dei conta de que essa é a pior e a melhor fase da minha vida. Eu nunca andei tão triste e nem tão feliz. Foi difícil enterrar tantos mortos e tantas rotinas, mas está sendo muito fácil viver dentro de mim.”
Tati Bernardi
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Do meu preferido
domingo, 27 de junho de 2010
♥
eu te amo muito vc é meu vicio ♥
Se você fechar os olhos e sentir, eu estarei com você, sempre. te amo m. <3
..............
É, realmente tem hr q vc faz umas idiotices soh pra chamar a atencao, mas eu nao to aqui pra te julgar... Todo mundo tem os seus cinco minutos. Eu mesma tenho muitos desse cinco minutos. E quando vc veio cv comigo, vc tinha toda a razao. Eu nao devia ter feito aquilo, fui uma idiota. Me desculpa ! Desculpa por tudo !
Eu te amo muito e é serio. Nao duvide disso nem por um minuto. Eu nao me importo de outras meninas estarem com caras de 20, 24 anos e eu estar com vc, um de 15. O menino de 15 que eu amo ! O menino de 15 anos que eu quero ficar independente do que os outros falem.
Eu quero ficar com vc, nao digo pra sempre, pq como vc mesmo diz, o pra sempre nao existe, mas quero ficar com vc por um longo tempo =]
Quem sabe um dia a gente ainda vai morar em NY juntos ?! *-* hahhaha
Queria vc aqui comigo agora...
Te amo mto neneim ! Te amo mais do que chocolate =D <3
sábado, 26 de junho de 2010
E no entanto, tenho medo de deixá-lo fluir.
O que começou como uma amizade tornou-se mais forte.
Eu só queria ter a força para demonstrar isso.
Eu digo a mim mesmo que não posso resistir eternamente.
Eu digo que não há motivo para meu receio.
Pois me sinto tão seguro quando estamos juntos.
Você dá rumo a minha vida, Você deixa tudo tão evidente.
E mesmo enquanto eu vagueio, Estou mantendo você à vista.
Você é uma vela na janela, Numa fria e escura noite de inverno.
E estou me aproximando mais do que jamais pensei que poderia.
E eu não consigo mais lutar contra este sentimento,
Eu esqueci pelo que comecei a lutar.
Está na hora de trazer este navio para a praia,
E jogar fora os remos, para sempre.
Pois eu não consigo mais lutar contra este sentimento,
Eu esqueci pelo que comecei a lutar.
E se eu tiver de rastejar no chão
Chegarei derrubando sua porta.
Baby, não consigo mais lutar contra este sentimento.
Minha vida tem sido como um vendaval desde que vi você,
Eu tenho corrido em círculos dentro de minha mente
E sempre parece que estou seguindo você, garoto.
Pois você me leva aos lugares que eu pensava que nunca encontraria.
E mesmo enquanto eu vagueio, estou mantendo você à vista.
Você é uma vela na janela, numa fria e escura noite de inverno.
E estou me aproximando mais do que jamais pensei que poderia.
E eu não consigo mais lutar contra este sentimento,
Eu esqueci pelo que comecei a lutar.
Está na hora de trazer este navio para a praia,
E jogar fora os remos, para sempre.
Pois eu não consigo mais lutar contra este sentimento,
Eu esqueci pelo que comecei a lutar.
E se eu tiver de rastejar no chão
Chegarei derrubando sua porta.
Baby, não consigo mais lutar contra este sentimento.

Havera ainda palavras para te dizer, outras que nunca te direi.
Eu te amei sem querer, num momento em que não queria amar ninguém... amei da forma mais simples que sei, sem verniz... nem lantejolas...
Te pintei no meu eu, mostrei tudo o que sentia, sem pensar, sem esculpir, sem jogar... em bruto... como nasceu e cresceu este amor...nem eu sei... talvez de um olhar, de um sonho... talvez se desvaneça com um sonho... com um olhar!
....
Continuo aparvalhada por isso é melhor não escrever nada caso contrário saem coisas do tipo:
O mel dos teus lábios
Ainda persiste nos meus
O cheiro da tua pele
Ainda arrepia a minha
O teu olhar
Incendeia o meu corpo…
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Amar
"O amor é uma doença. Eu sinto náuseas, febres, dores musculares. Eu acordo assustada no meio da noite. Eu choro à toa."Tati Bernardi
domingo, 13 de junho de 2010
Para aquele que é pra sempre

Não sei se algum dia você vai chegar a ler isso, e para ser sincera eu não tenho muita certeza se realmente quero que você veja.
Eu só queria te dizer que você foi a melhor coisa que me aconteceu nesses últimos tempos, e que a pesar do pouco tempo que eu te conheço, você já é uma parte essencial na minha vida. Já não consigo me imaginar sem você. É como se sempre tivesse sido eu e você. A vida sem você agora fica sem sentido, tudo que mais quero é ter você aqui comigo.
Eu quero ficar com você e ser feliz ao seu lado pelo resto do nosso para sempre.
É, eu te amo neneim... ♥













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