Então o quê? Nem eu sei. Mas sei da minha agitação que já dura uma semana. O coração que subiu nos meus ouvidos. Gritando que sente falta e pronto.
Eu sinto falta de você perto de mim o tempo todo. E de sorrir mesmo estando numa fila gigantesca no aeroporto ou no mall, embaixo daqueles 78 graus de Santiago. Ou de ficar feliz pelo carro estar lotado e nós termos que nos espremer no banco de trás. O amor é simples como sorrir numa droga de fila. E não se sentir mais sozinho e nem esperando e nem desesperado e nem morrendo e nem com tanto medo.
Eu sinto falta de querer fazer amigos em qualquer lugar, só pra conhecer gente estranha e te contar depois. Agora, eu fico pelos cantos. Voltei a achar todo mundo feio e bobo e sem nada a dizer. Porque eu acho que estava gostando mais das pessoas só porque te via em tudo. Agora as pessoas voltaram a me irritar.
Acho que nós dois poderias ser infinitos se fôssemos música.
Quando vai dando assim, umas onze da noite, o horário que a gente se procurava só pra saber que dá pra terminar o dia sentindo algum conforto. Quando vai chegando esse horário, eu nem sei. É tão estranho ter algo pra fugir de tudo e, de repente, precisar principalmente fugir desse algo.
E daí se vai pra onde?