quinta-feira, 31 de maio de 2012

Eduardo e Mônica - Legião Urbana

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"

Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não tô legal", não agüento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar"

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard

Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de "camelo"
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular

E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Homem que é homem" é o caralho! Se o cara te ama ele vai pegar na tua mão, na tua coxa e na tua bunda. Ele vai borrar o teu rímel e seu batom de propósito e depois vai rir da tua cara. Vai te ligar de madrugada e dizer que não para de pensar em você, mas também vai te mandar mensagem só pra te acordar e te deixar irritada. Vai te elogiar quando tu não estiver arrumada mas vai gargalhar quando te ver com o cabelo todo desgranhado. Vai te chamar de "minha pequena, minha linda" e também de "minha gostosa". Ele vai largar as outras pra ficar contigo mas quando passar alguma menina bonita ele vai olhar e ainda vai comentar contigo: "gostosa, né?" só pra te ver com ciúmes. Ele vai te fazer feliz, mas ele também vai falhar algumas vezes, porque assim como você, ele não é perfeito.

Dica do dia

Pelo menos por um minuto, esqueça tudo o que te faz sofrer e apenas sorria.

domingo, 20 de maio de 2012


segunda-feira, 7 de maio de 2012


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Into the Wild

Eu já tinha visto esse filme há algum tempo, mas esses dias resolvi ver de novo.
A primeira vez que eu vi foi por causa de um amigo, que sinceramente não me surpreenderia em nada se ele desse um de Alexandre Supertramp e se perdesse no mundo, mas em vez de Alasca eu o procuraria na Cordilheira dos Andes, com certeza o acharia lá kkkkkk
O filme conta uma historia verídica de Christopher McCandless, um jovem que aos 22 anos de idade resolve larga tudo, dinheiro, sua carreia promissora, carro e familia para viver uma experiencia genuina que transcendesse o materialismo do cotidiano. Ele é guiado pela literatura como Toltoi e Thoreau, e sonhava em chegar até o Alasca, onde ficaria longe dos homens e do materialismo, vivendo na natureza selvagem pura.
Além de paisagens deslumbrantes, o filme ainda tem uma trilha sonora que particulamente gostei muito.
Não é bem o tipo de filme que me chamaria a atencão se fosse em outras condicoes, mas sinceramente gostei muito e recomendo. 





Para ler ouvindo: Long Nights - Eddie Vedder
 
Have no fear
For when I'm alone
I'll be better off than I was before

I've got this light
I'll be around to grow
Who I was before
I cannot recall

Um café e um amor, quentes, por favor.

Uma canção forte ao fundo, uma música bonita, daquelas que te fazem flutuar , com os pés no chão. Um amor, um café, os dois se possível. Ele senta, ela o olha, ele sorri, ela abaixa a cabeça sem graça, ele acha lindo o jeito que ela joga o cabelo, ela acha legal a maneira como ele balança as mãos. Eles não sabem ainda, porém os dois vão ser um só. Duas almas, um corpo. DOIS. UM. Juntos. Ela quer um amor forte, ele quer alguém que faça cafuné. Ela aumenta o som, ele gosta, a música ao fundo deixa de ser uma simples canção e passa a ser algo dos dois, ela sorri e deixa que o momento seja simplesmente o momento. Ele a quer como nunca, ela o quer como ninguém, e eles vão vivendo aquele momento, simples, sem conversa, sem toques, apenas olhares e a música ao fundo... Até o último pedaço de canção... "Até o fim raiar..."